domingo, 17 de janeiro de 2010

Reflexões

Para que as professoras fiquem com uma noção do que cada uma de nós esperou desta unidade curricular e para que saibam quais foram as nossas dificuldades e as nossas aprendizagens, deixamos aqui as nossas reflexões pessoais:











sábado, 9 de janeiro de 2010

Banda Desenhada

O Wordle é um programa gratuito no qual se pode formar nuvens de palavras consoante o texto fornecido. As nuvens dão maior importância às palavras que aparecem mais frequentemente no texto fonte. Estas nuvens podem ser ajustadas com diferentes fontes, layouts e esquemas de cores.
Esta ferramenta é simples e pode ser trabalhada com crianças, pois através de uma nuvem conseguem construir uma história.

Stripgenerator é uma ferramenta livre de encargos e é um projecto criado para abraçar os blogs da Internet, ajudando as pessoas sem habilidades de desenho a expressar as suas opiniões através de Banda Desenhada.
Este programa é muito simples, podendo ser trabalhada com crianças, no entanto, é um pouco limitado, pois é tudo a preto e branco e só permite construir três quadrados de cada vez.


Outro programa gartuito de construção de Banda Desenhada que pode ser trabalhado com crianças é o Witty Comics. Este programa, apesar de ter um toque mais real que o anterior, por apresentar cores e cerca de vinte cenários mais realistas, desde paisagens até conhecidos pontos turísticos, é também muito limitado, pois tem no máximo duas personagens e uma fundo. Outro aspecto que não é muito positivo neste programa, diz respeito ao site, no qual tem que existir um registo para se poder utilizar.
O Make Beliefs Comix é também um programa de construção de Banda Desenhada gratuito e simples de utilizar, possuindo quinze personagens diferentes e um conjunto de funções. É limitado no que toca ao fundo, pois só é possível utilizar uma cor.
Em suma, todas estas ferramentas são simples e podem ser utilizadas por crianças do 1º Ciclo do Ensino Básico e no Pré-Escolar. Todavia, devem ser acompanhadas pelo docente, pois todos estes programas encontram-se em inglês.

terça-feira, 5 de janeiro de 2010

Definição de Link, Hipertexto e Blog

Numa das primeiras aulas que tivémos desta Unidade Curricular, a professora sugeriu que fizéssemos uma pesquisa sobre o que seria um blog e um Link e hipertexto. Depois da pequena pesquisa nós próprias procedemos à elaboração de uma definição de cada um destes conceitos.


Blog


sábado, 2 de janeiro de 2010

Diigo

O Diigo é uma plataforma online que permite a qualquer pessoa inscrita publicar uma lista de sites, dando-lhe a oprotunidade de criar uma lista de favoritos online, que poderá consultar em qualquer lugar, desde que possua um computador.
Esta plataforma pode ser consultada por qualquer pessoa, ainda que não esteja inscrita no site, permitindo-lhe comentar os sites e (consultar) outros sites que estejam relacionados com os temas, através dos tags de cada site publicado no Diigo.
É possível também fazer pesquisas por temas, através do motor de busca que se encontra no site, acedendo com mais facilidade e mais rapidamente aos sites que correspondem ao tema que se procura. Nesta plataforma é também possível estar em contacto com outras pessoas que têm ou não os mesmo interesses com nós, criando grupos, começando conversas, entre outros, englobando, assim, uma comunidade online, que nos permite não só conhecer novos sites, como tmabém novas pessoas.

O nosso Diigo é composto por vários sites, que na sua maioria, estão relacionados com a educação que engloba as TIC, encontrando, assim, sites de actividades lúdicas que permitem às crianças aprender determinados temas de uma forma não formal.

Lá podem também encontrar outro tipo de sites, igualmente relacionados com a educação para a infância, mas estes destinam-se apenas para docentes ou estudantes que pretendem seguir a área da educação.

Diigo da Ana

Diigo da Fernanda

Programa Televisivo Infantil

Embora seja uma catividade mais passiva do que interactiva, os programas televisivos direccionados para as crianças são muito importantes e vantajosos, pois além de divertir as crianças, permite que estas se desenvolvam a nível cognitivo e tenham uma visão do mundo, provocando-lhes, simultaneamente, alguma curiosidade. Estes programas podem ensinar às crianças algumas regras e transmitir-lhes algumas noções sobre higiene pessoal ou o modo de vestir, por exemplo.

Todavia, nem todos os programas são os mais aconselhados para as crianças, sendo por isso necessário ter algum cuidado na selecção dos mesmos. Tal como outros meios, a televisão pode auxiliar a criança a integrar-se no mundo, mas cabe aos pais e aos educadores ajudar a descodificar muitas das coisas que as crianças visualizam mas não compreendem.


Um dos programas visualizados por nós, grupo, foi transmitido pelo canal infantil Panda e designa-se por "Docinho de Morango". O outro foi transmitido pelo canal da RTP2, durante as horas de sessão infantil e tem por nome "A Ilha das Cores".



Programa: Docinho de Morango


Tema: Dias de Fantasia

  • A apresentação do desenho animado é muito chamativa, pois possui muita cor, música e ainda, algumas palavras.

  • A história começa com a docinho de morango (personagem principal) a dizer que é muito engraçado encarnar noutras personagens. Ela pega no seu albúm de memórias e conta o que aconteceu num certo dia.



Uma vez, a Docinho de Morango decidiu ir fazer um piquenique com as suas amigas, pois estava um dia muito bonito. Entretanto, começou a chover e tiveram de mudar de planos. Foram todas para a casa da Docinho de Morango para se resguardarem. Como queriam ir para casa de outra amiga e estava a chover muito, a Docinho emprestou algumas gabardinas às suas amigas e vestiu uma que era velhinha, mas era a que mais gostava. Todas as suas amigas se riram da gabardina, mas a Docinho não ligou, porque achava-a engraçada. As amigas da Docinho encontraram também muitos livros na sua casa e perceberam que ela gostava muito de ler. Foi nessa altura que a Docinho de Morango explicou que os livros são muito importantes, pois através deles podemos ser quem quisermos e viajar até onde quisermos. Podemos ser o Cavalo de Tróia, a Rapunzel, o Hansel e Gretel e até a Cinderela.

É neste momento que decidem encarnar na história da Cinderela. Cada uma escolhe uma personagem e chamam um amigo para fazer de príncipe. Fazem os cenários e convidam alguns amigos animais para assistirem.

As personagens nesta história passaram a chamar-se Moranguela, Madrasta pouco má, Irmãs pouco más, Fada Madrinha, Príncipe e Rei.

Tal como aconteceu na Cinderela, a Moranguela vai ao baile, mas tem de voltar às 8h da noite, porque à meia-noite já tem de estar a dormir.

Quando o príncipe aparece em casa da Moranguela com o sapato e vê que este lhe pertence, ela diz que não quer ir com ele porque é feia, mas o príncipe diz-lhe que não é a beleza exterior que conta, pois a beleza interior é mais bonita. O coração é que revela o que uma pessoa é na realidade e não é o aspecto, nem a roupa que se usa, que faz sermos mais ou menos bonitos.

É com o final desta história, que todas as amigas da Docinho de Morango percebem que a gabardina que esta trazia não era assim tão feia e, compreenderam que não é o aspecto exterior que conta.


  • Ao longo da história são cantadas algumas músicas sobre a parte em as personagens se encontram. Surge uma música na parte em que a Moranguela fala do baile, mas que pode ir com as roupas que tem e na parte em que o príncipe diz que a beleza interior é a mais bela de todas as belezas.
  • Nestes desenhos, as imagens possuem muita a cor rosa e apresentam muitos morangos.
  • A linguagem utilizada é simples, com palavras do quotidiano das crianças.


A importância destes desenhos animados para as crianças:


Conclusões


  • Surge muito o conceito de partilha e de amizade.

  • Frisa-se a questão de resolução de problemas, quando iam fazer um piquenique e tiveram de mudar que planos.

  • Faz-se referência à importância e utilidade do livro.

  • Num dos momentos da história, as crianças podem perceber que não devemos ser maus uns para os outros, pois quando a Docinho de Morango estava a fazer o teatro com as amigas, três delas disseram que seriam a madrasta pouco má e as irmãs pouco más, porque não queriam fazer sofrer a Moranguela, na sua história.

  • Faz-se referência a regras que todas as crianças devem cumprir, nomeadamente, no que diz respeito às horas de sono. "A Moranguela vai ao baile, mas tem que voltar às 8h, porque à meia-noite já tem de estar a dormir."

  • As crianças podem perceber que a beleza interior é muito mais importante que a beleza exterior, ou seja, que o seu coração e a sua bondade vale mais que muitas roupas bonitas e mais que muitos bens materiais.

  • Estes desenhos permitem que as crianças contactem também com a música, além da imagem e, por vezes, da escrita.

  • Como a linguagem utilizada é facilmente compreensível pelas crianças, faz com que estas se apeguem ao que estão a ver e consigam realizar algumas aprendizagens.


Programa: A Ilha das Cores


Tema: O Mar

  • A apresentação do programa é feita através de uma música, em que esta chama a atenção para o que se pode encontrar na Ilha das Cores. Chama também a atenção para as cores e as animações que decorrem ao longo da música.

  • A história começa com o Jeremias, a Luísa e a Cantilena (o pássaro) num barco, em que a Luísa começa por dizer que adora o mar, enquanto pesca.

O Jeremias e a Luísa explicam à Cantilena que todos os animais são diferentes, mas que todos vêm do mar, até mesmo os pássaros, como a Cantilena. O Jeremias explica como é que os pássaros vieram do mar, através da evolução dos animais.

Mais tarde, todos voltam para casa, sendo que na casa da Luísa aparece o Manuel e este leva flores para a dona da casa. Começam por falar de como tem corrido a vida do Manuel e depois começam a conversar sobre o mar, em que a Luísa diz que com o mar não se brinca. A Cantilena quando estava a ouvir a conversa do Manuel e da Luísa desequilibra-se e cai. É então que a Luísa diz que existem perigo em todo o lado. Depois de o Manuel se ir embora, a dona da casa canta uma canção e a Cantilena deixa-se dormir.

Em paralelo com esta pequena história aparecem desenhos animados diferentes e momentos de informação distintos. Nos primeiros desenhos animados, o João, o Tomás e o cão estavam a jogar à bola e o João caiu e magoou-se. O Tomás foi chamar a mãe e esta chamou o 112, mas o filho não sabia o que era o 112 e a sua mãe explicou-lhe que era a maneira mais rápida de levar o João para o hospital.

No segundo desenho animado apareceu um bicho que queria fazer a sopa do 11, utilizando diversos ingredientes com quandidade 11, ou seja, 11 disto, 11 daquilo, etc.

O terceiro desenho animado teve como nome "As Aventuras dos 7 Mares", em que um marinehiro falava sobre os vários barcos utilizados ao longo da evolução náutica, comelando pela caravela e terminando no cruzeiro. Á medida que o marinheiro vai enumerando os barcos, aparece uma imagem que corresponde a esse mesmo barco. No final deste desenho, o marinheiro canta uma pequena música que explica a vida de marinheiro.

No quarto e último desenho animado aparece uma menina que fala em inglês, repetindo diversas vezes pai e mãe nessa mesma língua. Cada vez que a menina diz "dad" (pai), aponta para o pai e cada vez que diz "mom" (mãe), aponta para a mãe.

No primeiro momento de informação, o pai explica ao filho como é constituído o sistema planetário, que é observado através de um telescópio, enunciando os diversos nomes dos planetas que o constituem e dizendo que o que se pode ver melhor do planeta Terra são os planetas Vénus e Saturno.

No segundo e último momento de informação, voltam a falar do tema central deste episódio, o mar, dizendo que no mar vivem peixes pequenos e grandes em grandes quantidades. Fazem também uma pequena explicação sobre a pesca e o seu ciclo, ou seja, a pesca começa pela apanha do peixe, passando por diversos pontos, até chegar às mesas das pessoas.

Para além destes dois tipos de paralelismos, a Ilha das Cores possui também uma oficina de trabalhos manuais designada "Mãos à Obra". Neste pequeno espaço ocorre a explicitação de trabalhos manuais fáceis de se executar, sendo que neste episódio explicaram como fazer um nariz de uma animal, com materiais que se encontram em qualquer lugar e que são fáceis de manusear.

Para concluir este episódio da Ilha das Cores, a Luísa canta uma última canção relacionada com o mar.



  • À semelhança do Docinho de Morango, também ao longo deste programa existem muitas músicas cantadas, sendo que neste caso, destina-se à explicitação das pequenas histórias que vão aparecendo.

  • As imagens mostradas apresentam muitas cores diferentes, mas por outro lado, os cenários apresentados são muito pouco realistas, podendo apenas encontrar alguns adereços reais, tendo em conta que a maioria das personagens principais, a Luísa, o Jeremias e o Manuel são humanos. Apenas a cantilena não é humana.

  • Também à semelhança do primeiro programa, este apresenta uma linguagem simples, com um vocabulário característico da linguagem corrente das crianças. Existem apenas algumas palavras que os pequenos podem não compreender, porém, logo a seguir, as personagens passam à explicação do significado dessas palavras.


A importância destes desenhos animados para as crianças:


Conclusões

  • Um dos aspectos que mais frisam são as rimas, utilizando bastantes, em diversas ocasiões.

  • É também utilizado o provérbio ou o ditado popular.

  • Faz-se referência a alguns acontecimentos científicos, nomeadamente, a evolução dos animais e a relação que a lua tem com as marés, o que se torna interessante na aquisição de novas aprendizagens.

  • Refere-se também a importância de não pescar peixes pequenos.

  • Presta-se especial atenção à pontuação que se deve fazer quando se escreve um texto.

  • As personagens falam pausadamente, tendo em conta a exclamação e a dicção das diversas palavras, principalmente se estas forem difíceis de se dizer.

  • Faz-se também referência aos números, sendo que em cada episódio se centra num número diferente.

  • A partir destes elementos todos as crianças poderão adquirir ou desenvolver competências inerentes a várias àreas disciplinares, que de uma forma não lúdica, seria muito pouco interessante de se aprender.
  • Existe um pequeno contacto com uma língua estrangeira, nomeadamente, o inglês.

quinta-feira, 31 de dezembro de 2009

Síntese de textos

Em sala de aula, foi sugerido pela professora a realização de uma síntese sobre os textos da tese de doutoramento de Fernanda Botelho. Para a realização desta síntese seria executado um resumo de todos os textos da tese abordados em aula.
Síntese

Media, significação e dimensões sociais

  • Os Media são sistemas simbólicos que necessitam de ser lidos, interpretados e compreendidos.
  • A Educação para os Media permite perceber o que é real e o que são apenas representações.
  • Para compreender a informação transmitida pelos Media é necessário realizar uma interpretação compatível com os dados do texto e mobilizar competências linguísticas, saberes e conhecimentos de ordem muito diversa e algumas experiências pessoais.

2.3. Literacia televisiva e ensino-aprendizagem da Língua Portuguesa

  • Acredita-se que a Educação para os Media deve estar presente nas disciplinas do Ensino Básico, ou seja, deve ter um carácter transversal, mas como deste modo pode ocorrer alguma desvalorização, pensou-se que esta deveria integrar um curriculum, nomeadamente, o de Língua Portuguesa.
  • O ensino das línguas maternas e o estudo dos Media encontram-se em campos académicos distintos, no entanto, lidam com o mesmo, ou seja, trabalham com textos e preocupam-se com questões fundamentais sobre a linguagem, interpretação e a produção de significações.
  • O estudo dos Media permite desenvolver e trabalhar a Língua Materna, pois possibilita o desenvolvimento da linguagem através da compreensão do que se ouve, vê, do que se analisa e fala, do que se lê e escreve, entre outras actividades.
  • As crianças quando estão interessadas e motivadas envolvem-se mais no que estão a fazer e aprendem mais facilmente. Assim, a Educação para os Media potencia novas aprendizagens, permitindo que os alunos se envolvam com mais satisfação em actividades comunicativas de grupo.
  • Por facultar aprendizagens muito ricas nos alunos ao nível da linguagem e da comunicação, a Educação para os Media, surge em alguns países, no currículo das línguas maternas.

3.2. O texto televisivo

3.2.1. Características: polissemia(s) e construção da significação

  • O texto televisivo pode ser polissémico, ou seja, pode ter mais do que uma leitura e mais do que um significado.
  • Fiske descreve a leitura de um texto mediático de três pontos de vista distintos:
  1. "dominante" ou socialmente correcto;
  2. "oposto" que interroga os aspectos ideológicos da mensagem textual;
  3. "negociado" que permite as diferenças individuais na construção das significações.
  • Os significados propostos pela televisão dependem de três factores:
  1. O próprio leitor, com os seus conhecimentos e experiências anteriores, as suas ideologias e expectativas;
  2. Os conhecimentos produzidos sobre a televisão;
  3. A partilha das leituras com os outros.
  • A ironia, a metáfora, as "graças" e a contradição são recursos textuais polissémicos, tal como o excesso, que pode ser de dois tipos: o excesso como hipérbole, que é uma figura textual específica e o excesso semiótico que é característico da televisão.
  • Antes a televisão era encarada como um texto fechado, negligenciando algumas caracetrísticas textuais, os vários modos de recpção e a heterogeneidade das audiências.

3.2.3. A narrativa na televisão: tipos, estruturas e códigos

  • Tanto a narrativa como a linguagem são processos essenciais na nossa vida.
  • Tendo em conta qua a narrativa é considerada um processo cultural fundamental, é compreensível que esta seja predominante na televisão.
  • Segundo Masterman, a narrativa é uma técnica bastante utilizada nos Media, desde os noticiários, os documentários, os programas desportivos, pois tentam transmitir informações e entreter-nos, contando-nos histórias.
  • A narrativa clássica tenta reproduzir o mundo fielmente, isto é, apresenta-se coerente, sem contradições e requer, por parte do leitor, a construção de um sentido, de acordo com as leis da natureza e não de acordo com quaisquer convenções culturais.

Aprendizagens sobre televisão: aspectos essenciais

  • A televisão faz parte da vida familiar e, consequentemente, dsa vista das crianças, tendo como finalidades entreter, educar e informar, sendo a principal fonte de informação sobre os acontecimentos mundiais.
  • As crianças são capazes de referir as aprendizagens que realizam através da televisão, no âmbito das aquisições pessoais e sociais, como por exemplo, sobre como lidar com as pessoas em detrminadas situações.
  • Investigações revelam que aprender com a televisão depende de diversos factores:
  1. Os conhecimentos e interesses dos espectadores;
  2. Razões e motivações para ver televisão;
  3. Grau de concentração e atenção durante o visionamento;
  4. A própria produção do programa.
  • A educação para a televisão é uma questão importante, actualmente, pois visa as formas como se constroem e circulam os significados, no âmbito da sociedade, em geral.
  • Por estas razões os professores e educadores têm-se consciencializado cada vez mais acerca do papel da televisão no meio educativo e da necessidade da educação para este tipo de media.
  • Bob Hodge e David Tripp enunciaram dez teses que estabelecem relações entre a crianças e a televisão:
  1. As crianças possuem capacidades activas para descodificar a televisão. São capazes de compreender que nem todos os programas são igualmente benéficos.
  2. As crianças preferem programas diferentes dos adultos e interpretam-nos de maneira diferente. Tal como com o desenvolvimento da linuagem, os sistemas semióticos das crianças só se aproximam dos sistemas dos adultos, em função do nível de exposição que estes lhes concedem.
  3. Pais e educadores podem utilizar as diversas leituras que os programas proporcionam para ajudar a clarificar algumas das questões sociais essenciais para as crianças e até para si próprias.
  4. Relação entre a representação da realidade na televisão e o mundo real, bem como a representação das crianças julgarem esta mesma relação.
  5. Refinar os julgamentos sobre o estatuto da realidade das mensagens televisivas ou outros sistemas de mensagens, deveria construir uma preocupação essencial dos educadores e professores. É necessário permitir e criar condições para que as crianças desenvolvam capacidades de descodificação e compreensão das mensagens explícitas e implícitas veiculadas pela televisão, para que futuramente possam vir a ser espectadores críticos da televisão e cidadãos eficazes da sociedade de informação actual.
  6. As crianças devem poder experimentar assistir a programas com diversas representações da realidade, pois o conhecimento da diversidade existente vai capacitando-as para o estabelecimento das várias distinções entre os porgramas que vêem.
  7. Ver televisão permitir construir significações acerca dela e dos seus programas e a sua circulação através do discurso social. Os conceitos e termos adquiridos através da televisão, pelas crianças ao longo dos seus discursos, são reconhecidos e alterados, influenciando os seus comportamentos sociais.
  8. A resposta das crianças à televisão não pára com fim do visionamento dos programas, isto é, continua com toda uma série de actos de construção e significação, através de redefinições e novas apropriações.
  9. O papel activo da família na construção das significações da televisão é essencial.
  10. As relações entre a televisão e a escola não podem ser ignoradas. O ensino deve integrar a televisão nas suas práticas e encará-las como parte da sua função primária de apetrechar adequadamente os estudantes para que se tornem cidadãos conscientes, adaptados e competentes à sociedade em que vivem.

O Romance da Raposa

Numa das aulas que tivémos, assistimos a um programa infantil designado "O Romance da Raposa", com o objectivo de analisá-lo com base nas caraterísticas linguísticas e gráficas adequadas às crianças. Neste sentido, a professora sugeriu a realização de um exercício em pequenos grupos, em que cada grupo teria de analisar um aspecto carterístico de uma história. O nosso grupo, ficou dividido, então cada uma ficou com um aspecto diferente, o narrador e o tempo e o espaço. Para cada uma destes aspectos era necessário criar actividades orais, escritas e, se possível, de expressão.

Narrador (identificação, função, relação com a história/as personagens, ...)

Actividades Orais

  • Contar a história do ponto de vista de uma personagem.

  • Peça de teatro com destaque para o narrador, que não existe no filme.


Actividades Escritas

  • Contar a história do ponto de vista de uma ou várias personagens - sendo uma delas mentirosa (com computador).

  • Contar a história com photostory com presença de narrador.



Tempo e Espaço (descrição dos espaços, marcas de tempo, ...)


Actividades Orais

  • Representação em grupo através da palavra e da mímica, dos diferentes espaços onde se desenrola a história. A turma tem de adivinhar os espaços.

  • Cartões com elementos do espaço e do tempo. Os grupos têm de ordenar os cartões e recontar a história ou descrever os espaços/tempo.


Actividades Escritas

  • Procurar imagens na internet e construir os cenários da história, legendados, no Photostory.

  • Fazer uma pesquisa sobre as estações do ano em fontes diversas (livros, internet, revistas) e escrever um texto ilustrado em grupo, com recurso às TIC.

Actividade de Expressão

  • Escolher um dos locais da história e desenhá-lo.