Ensinando o Português Através das TIC
domingo, 17 de janeiro de 2010
Reflexões
sábado, 9 de janeiro de 2010
Banda Desenhada
terça-feira, 5 de janeiro de 2010
Definição de Link, Hipertexto e Blog
sábado, 2 de janeiro de 2010
Diigo
Lá podem também encontrar outro tipo de sites, igualmente relacionados com a educação para a infância, mas estes destinam-se apenas para docentes ou estudantes que pretendem seguir a área da educação.
Programa Televisivo Infantil
Um dos programas visualizados por nós, grupo, foi transmitido pelo canal infantil Panda e designa-se por "Docinho de Morango". O outro foi transmitido pelo canal da RTP2, durante as horas de sessão infantil e tem por nome "A Ilha das Cores".
- A apresentação do desenho animado é muito chamativa, pois possui muita cor, música e ainda, algumas palavras.
- A história começa com a docinho de morango (personagem principal) a dizer que é muito engraçado encarnar noutras personagens. Ela pega no seu albúm de memórias e conta o que aconteceu num certo dia.
Uma vez, a Docinho de Morango decidiu ir fazer um piquenique com as suas amigas, pois estava um dia muito bonito. Entretanto, começou a chover e tiveram de mudar de planos. Foram todas para a casa da Docinho de Morango para se resguardarem. Como queriam ir para casa de outra amiga e estava a chover muito, a Docinho emprestou algumas gabardinas às suas amigas e vestiu uma que era velhinha, mas era a que mais gostava. Todas as suas amigas se riram da gabardina, mas a Docinho não ligou, porque achava-a engraçada. As amigas da Docinho encontraram também muitos livros na sua casa e perceberam que ela gostava muito de ler. Foi nessa altura que a Docinho de Morango explicou que os livros são muito importantes, pois através deles podemos ser quem quisermos e viajar até onde quisermos. Podemos ser o Cavalo de Tróia, a Rapunzel, o Hansel e Gretel e até a Cinderela.
É neste momento que decidem encarnar na história da Cinderela. Cada uma escolhe uma personagem e chamam um amigo para fazer de príncipe. Fazem os cenários e convidam alguns amigos animais para assistirem.
As personagens nesta história passaram a chamar-se Moranguela, Madrasta pouco má, Irmãs pouco más, Fada Madrinha, Príncipe e Rei.
Tal como aconteceu na Cinderela, a Moranguela vai ao baile, mas tem de voltar às 8h da noite, porque à meia-noite já tem de estar a dormir.
Quando o príncipe aparece em casa da Moranguela com o sapato e vê que este lhe pertence, ela diz que não quer ir com ele porque é feia, mas o príncipe diz-lhe que não é a beleza exterior que conta, pois a beleza interior é mais bonita. O coração é que revela o que uma pessoa é na realidade e não é o aspecto, nem a roupa que se usa, que faz sermos mais ou menos bonitos.
É com o final desta história, que todas as amigas da Docinho de Morango percebem que a gabardina que esta trazia não era assim tão feia e, compreenderam que não é o aspecto exterior que conta.
- Ao longo da história são cantadas algumas músicas sobre a parte em as personagens se encontram. Surge uma música na parte em que a Moranguela fala do baile, mas que pode ir com as roupas que tem e na parte em que o príncipe diz que a beleza interior é a mais bela de todas as belezas.
- Nestes desenhos, as imagens possuem muita a cor rosa e apresentam muitos morangos.
- A linguagem utilizada é simples, com palavras do quotidiano das crianças.
A importância destes desenhos animados para as crianças:
Conclusões
- Surge muito o conceito de partilha e de amizade.
- Frisa-se a questão de resolução de problemas, quando iam fazer um piquenique e tiveram de mudar que planos.
- Faz-se referência à importância e utilidade do livro.
- Num dos momentos da história, as crianças podem perceber que não devemos ser maus uns para os outros, pois quando a Docinho de Morango estava a fazer o teatro com as amigas, três delas disseram que seriam a madrasta pouco má e as irmãs pouco más, porque não queriam fazer sofrer a Moranguela, na sua história.
- Faz-se referência a regras que todas as crianças devem cumprir, nomeadamente, no que diz respeito às horas de sono. "A Moranguela vai ao baile, mas tem que voltar às 8h, porque à meia-noite já tem de estar a dormir."
- As crianças podem perceber que a beleza interior é muito mais importante que a beleza exterior, ou seja, que o seu coração e a sua bondade vale mais que muitas roupas bonitas e mais que muitos bens materiais.
- Estes desenhos permitem que as crianças contactem também com a música, além da imagem e, por vezes, da escrita.
- Como a linguagem utilizada é facilmente compreensível pelas crianças, faz com que estas se apeguem ao que estão a ver e consigam realizar algumas aprendizagens.
Programa: A Ilha das Cores
Tema: O Mar
- A história começa com o Jeremias, a Luísa e a Cantilena (o pássaro) num barco, em que a Luísa começa por dizer que adora o mar, enquanto pesca.
O Jeremias e a Luísa explicam à Cantilena que todos os animais são diferentes, mas que todos vêm do mar, até mesmo os pássaros, como a Cantilena. O Jeremias explica como é que os pássaros vieram do mar, através da evolução dos animais.
Mais tarde, todos voltam para casa, sendo que na casa da Luísa aparece o Manuel e este leva flores para a dona da casa. Começam por falar de como tem corrido a vida do Manuel e depois começam a conversar sobre o mar, em que a Luísa diz que com o mar não se brinca. A Cantilena quando estava a ouvir a conversa do Manuel e da Luísa desequilibra-se e cai. É então que a Luísa diz que existem perigo em todo o lado. Depois de o Manuel se ir embora, a dona da casa canta uma canção e a Cantilena deixa-se dormir.
Em paralelo com esta pequena história aparecem desenhos animados diferentes e momentos de informação distintos. Nos primeiros desenhos animados, o João, o Tomás e o cão estavam a jogar à bola e o João caiu e magoou-se. O Tomás foi chamar a mãe e esta chamou o 112, mas o filho não sabia o que era o 112 e a sua mãe explicou-lhe que era a maneira mais rápida de levar o João para o hospital.
No segundo desenho animado apareceu um bicho que queria fazer a sopa do 11, utilizando diversos ingredientes com quandidade 11, ou seja, 11 disto, 11 daquilo, etc.
O terceiro desenho animado teve como nome "As Aventuras dos 7 Mares", em que um marinehiro falava sobre os vários barcos utilizados ao longo da evolução náutica, comelando pela caravela e terminando no cruzeiro. Á medida que o marinheiro vai enumerando os barcos, aparece uma imagem que corresponde a esse mesmo barco. No final deste desenho, o marinheiro canta uma pequena música que explica a vida de marinheiro.
No quarto e último desenho animado aparece uma menina que fala em inglês, repetindo diversas vezes pai e mãe nessa mesma língua. Cada vez que a menina diz "dad" (pai), aponta para o pai e cada vez que diz "mom" (mãe), aponta para a mãe.
No primeiro momento de informação, o pai explica ao filho como é constituído o sistema planetário, que é observado através de um telescópio, enunciando os diversos nomes dos planetas que o constituem e dizendo que o que se pode ver melhor do planeta Terra são os planetas Vénus e Saturno.
No segundo e último momento de informação, voltam a falar do tema central deste episódio, o mar, dizendo que no mar vivem peixes pequenos e grandes em grandes quantidades. Fazem também uma pequena explicação sobre a pesca e o seu ciclo, ou seja, a pesca começa pela apanha do peixe, passando por diversos pontos, até chegar às mesas das pessoas.
Para além destes dois tipos de paralelismos, a Ilha das Cores possui também uma oficina de trabalhos manuais designada "Mãos à Obra". Neste pequeno espaço ocorre a explicitação de trabalhos manuais fáceis de se executar, sendo que neste episódio explicaram como fazer um nariz de uma animal, com materiais que se encontram em qualquer lugar e que são fáceis de manusear.
Para concluir este episódio da Ilha das Cores, a Luísa canta uma última canção relacionada com o mar.
- À semelhança do Docinho de Morango, também ao longo deste programa existem muitas músicas cantadas, sendo que neste caso, destina-se à explicitação das pequenas histórias que vão aparecendo.
- As imagens mostradas apresentam muitas cores diferentes, mas por outro lado, os cenários apresentados são muito pouco realistas, podendo apenas encontrar alguns adereços reais, tendo em conta que a maioria das personagens principais, a Luísa, o Jeremias e o Manuel são humanos. Apenas a cantilena não é humana.
- Também à semelhança do primeiro programa, este apresenta uma linguagem simples, com um vocabulário característico da linguagem corrente das crianças. Existem apenas algumas palavras que os pequenos podem não compreender, porém, logo a seguir, as personagens passam à explicação do significado dessas palavras.
A importância destes desenhos animados para as crianças:
Conclusões
- Um dos aspectos que mais frisam são as rimas, utilizando bastantes, em diversas ocasiões.
- É também utilizado o provérbio ou o ditado popular.
- Faz-se referência a alguns acontecimentos científicos, nomeadamente, a evolução dos animais e a relação que a lua tem com as marés, o que se torna interessante na aquisição de novas aprendizagens.
- Refere-se também a importância de não pescar peixes pequenos.
- Presta-se especial atenção à pontuação que se deve fazer quando se escreve um texto.
- As personagens falam pausadamente, tendo em conta a exclamação e a dicção das diversas palavras, principalmente se estas forem difíceis de se dizer.
- Faz-se também referência aos números, sendo que em cada episódio se centra num número diferente.
- A partir destes elementos todos as crianças poderão adquirir ou desenvolver competências inerentes a várias àreas disciplinares, que de uma forma não lúdica, seria muito pouco interessante de se aprender.
- Existe um pequeno contacto com uma língua estrangeira, nomeadamente, o inglês.
quinta-feira, 31 de dezembro de 2009
Síntese de textos
Media, significação e dimensões sociais
- Os Media são sistemas simbólicos que necessitam de ser lidos, interpretados e compreendidos.
- A Educação para os Media permite perceber o que é real e o que são apenas representações.
- Para compreender a informação transmitida pelos Media é necessário realizar uma interpretação compatível com os dados do texto e mobilizar competências linguísticas, saberes e conhecimentos de ordem muito diversa e algumas experiências pessoais.
2.3. Literacia televisiva e ensino-aprendizagem da Língua Portuguesa
- Acredita-se que a Educação para os Media deve estar presente nas disciplinas do Ensino Básico, ou seja, deve ter um carácter transversal, mas como deste modo pode ocorrer alguma desvalorização, pensou-se que esta deveria integrar um curriculum, nomeadamente, o de Língua Portuguesa.
- O ensino das línguas maternas e o estudo dos Media encontram-se em campos académicos distintos, no entanto, lidam com o mesmo, ou seja, trabalham com textos e preocupam-se com questões fundamentais sobre a linguagem, interpretação e a produção de significações.
- O estudo dos Media permite desenvolver e trabalhar a Língua Materna, pois possibilita o desenvolvimento da linguagem através da compreensão do que se ouve, vê, do que se analisa e fala, do que se lê e escreve, entre outras actividades.
- As crianças quando estão interessadas e motivadas envolvem-se mais no que estão a fazer e aprendem mais facilmente. Assim, a Educação para os Media potencia novas aprendizagens, permitindo que os alunos se envolvam com mais satisfação em actividades comunicativas de grupo.
- Por facultar aprendizagens muito ricas nos alunos ao nível da linguagem e da comunicação, a Educação para os Media, surge em alguns países, no currículo das línguas maternas.
3.2. O texto televisivo
3.2.1. Características: polissemia(s) e construção da significação
- O texto televisivo pode ser polissémico, ou seja, pode ter mais do que uma leitura e mais do que um significado.
- Fiske descreve a leitura de um texto mediático de três pontos de vista distintos:
- "dominante" ou socialmente correcto;
- "oposto" que interroga os aspectos ideológicos da mensagem textual;
- "negociado" que permite as diferenças individuais na construção das significações.
- Os significados propostos pela televisão dependem de três factores:
- O próprio leitor, com os seus conhecimentos e experiências anteriores, as suas ideologias e expectativas;
- Os conhecimentos produzidos sobre a televisão;
- A partilha das leituras com os outros.
- A ironia, a metáfora, as "graças" e a contradição são recursos textuais polissémicos, tal como o excesso, que pode ser de dois tipos: o excesso como hipérbole, que é uma figura textual específica e o excesso semiótico que é característico da televisão.
- Antes a televisão era encarada como um texto fechado, negligenciando algumas caracetrísticas textuais, os vários modos de recpção e a heterogeneidade das audiências.
3.2.3. A narrativa na televisão: tipos, estruturas e códigos
- Tanto a narrativa como a linguagem são processos essenciais na nossa vida.
- Tendo em conta qua a narrativa é considerada um processo cultural fundamental, é compreensível que esta seja predominante na televisão.
- Segundo Masterman, a narrativa é uma técnica bastante utilizada nos Media, desde os noticiários, os documentários, os programas desportivos, pois tentam transmitir informações e entreter-nos, contando-nos histórias.
- A narrativa clássica tenta reproduzir o mundo fielmente, isto é, apresenta-se coerente, sem contradições e requer, por parte do leitor, a construção de um sentido, de acordo com as leis da natureza e não de acordo com quaisquer convenções culturais.
Aprendizagens sobre televisão: aspectos essenciais
- A televisão faz parte da vida familiar e, consequentemente, dsa vista das crianças, tendo como finalidades entreter, educar e informar, sendo a principal fonte de informação sobre os acontecimentos mundiais.
- As crianças são capazes de referir as aprendizagens que realizam através da televisão, no âmbito das aquisições pessoais e sociais, como por exemplo, sobre como lidar com as pessoas em detrminadas situações.
- Investigações revelam que aprender com a televisão depende de diversos factores:
- Os conhecimentos e interesses dos espectadores;
- Razões e motivações para ver televisão;
- Grau de concentração e atenção durante o visionamento;
- A própria produção do programa.
- A educação para a televisão é uma questão importante, actualmente, pois visa as formas como se constroem e circulam os significados, no âmbito da sociedade, em geral.
- Por estas razões os professores e educadores têm-se consciencializado cada vez mais acerca do papel da televisão no meio educativo e da necessidade da educação para este tipo de media.
- Bob Hodge e David Tripp enunciaram dez teses que estabelecem relações entre a crianças e a televisão:
- As crianças possuem capacidades activas para descodificar a televisão. São capazes de compreender que nem todos os programas são igualmente benéficos.
- As crianças preferem programas diferentes dos adultos e interpretam-nos de maneira diferente. Tal como com o desenvolvimento da linuagem, os sistemas semióticos das crianças só se aproximam dos sistemas dos adultos, em função do nível de exposição que estes lhes concedem.
- Pais e educadores podem utilizar as diversas leituras que os programas proporcionam para ajudar a clarificar algumas das questões sociais essenciais para as crianças e até para si próprias.
- Relação entre a representação da realidade na televisão e o mundo real, bem como a representação das crianças julgarem esta mesma relação.
- Refinar os julgamentos sobre o estatuto da realidade das mensagens televisivas ou outros sistemas de mensagens, deveria construir uma preocupação essencial dos educadores e professores. É necessário permitir e criar condições para que as crianças desenvolvam capacidades de descodificação e compreensão das mensagens explícitas e implícitas veiculadas pela televisão, para que futuramente possam vir a ser espectadores críticos da televisão e cidadãos eficazes da sociedade de informação actual.
- As crianças devem poder experimentar assistir a programas com diversas representações da realidade, pois o conhecimento da diversidade existente vai capacitando-as para o estabelecimento das várias distinções entre os porgramas que vêem.
- Ver televisão permitir construir significações acerca dela e dos seus programas e a sua circulação através do discurso social. Os conceitos e termos adquiridos através da televisão, pelas crianças ao longo dos seus discursos, são reconhecidos e alterados, influenciando os seus comportamentos sociais.
- A resposta das crianças à televisão não pára com fim do visionamento dos programas, isto é, continua com toda uma série de actos de construção e significação, através de redefinições e novas apropriações.
- O papel activo da família na construção das significações da televisão é essencial.
- As relações entre a televisão e a escola não podem ser ignoradas. O ensino deve integrar a televisão nas suas práticas e encará-las como parte da sua função primária de apetrechar adequadamente os estudantes para que se tornem cidadãos conscientes, adaptados e competentes à sociedade em que vivem.
O Romance da Raposa
Numa das aulas que tivémos, assistimos a um programa infantil designado "O Romance da Raposa", com o objectivo de analisá-lo com base nas caraterísticas linguísticas e gráficas adequadas às crianças. Neste sentido, a professora sugeriu a realização de um exercício em pequenos grupos, em que cada grupo teria de analisar um aspecto carterístico de uma história. O nosso grupo, ficou dividido, então cada uma ficou com um aspecto diferente, o narrador e o tempo e o espaço. Para cada uma destes aspectos era necessário criar actividades orais, escritas e, se possível, de expressão.
Narrador (identificação, função, relação com a história/as personagens, ...)
Actividades Orais
- Contar a história do ponto de vista de uma personagem.
- Peça de teatro com destaque para o narrador, que não existe no filme.
Actividades Escritas
- Contar a história do ponto de vista de uma ou várias personagens - sendo uma delas mentirosa (com computador).
- Contar a história com photostory com presença de narrador.
Tempo e Espaço (descrição dos espaços, marcas de tempo, ...)
Actividades Orais
- Representação em grupo através da palavra e da mímica, dos diferentes espaços onde se desenrola a história. A turma tem de adivinhar os espaços.
- Cartões com elementos do espaço e do tempo. Os grupos têm de ordenar os cartões e recontar a história ou descrever os espaços/tempo.
Actividades Escritas
- Procurar imagens na internet e construir os cenários da história, legendados, no Photostory.
- Fazer uma pesquisa sobre as estações do ano em fontes diversas (livros, internet, revistas) e escrever um texto ilustrado em grupo, com recurso às TIC.
Actividade de Expressão
- Escolher um dos locais da história e desenhá-lo.